Ativistas dos direitos humanos preveem uma onda de suicídios se forem lançadas em edições populares os livros de Paulo Coelho no mercado chinês.
PRAÇA DA PAZ CELESTIAL – Em visita oficial à China, a presidente Dilma Rousseff assinou tratados comerciais para ampliar a pauta de exportações do Brasil para a maior economia do mundo. Além de soja e aço, o Brasil exportará pagode universitário, funk pancadão, axé e outros gêneros musicais emergentes. Os acordos assinados por Dilma incluem o lançamento de um CD do grupo Jeito Moleque com sucessos cantados em mandarim. Tati Quebra-Barraco e o DJ Marlboro farão uma turnê de seis meses pelas principais cidades chinesas. Claudia Leitte comandará um trio elétrico nos festejos do aniversário de Mao Tsé-Tung.
A guinada na política externa brasileira foi comemorada pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota: “Os acordos assinados pela presidente finalmente devem nos permitir capitalizar em cima do sucesso da nossa cultura no exterior. A paixão dos japoneses pela bossa-nova nunca rendeu dividendos para o Brasil.”
As telecomunicações também foram contempladas nos tratados assinados: Pedro Bial, Hebe Camargo, Faustão e Susana Vieira assinaram contratos para apresentar programas de variedades na emissora estatal chinesa.
A notícia repercutiu mal entre ONGs de defesa dos direitos humanos. “Preocupa-nos a forma como a juventude chinesa vai reagir à ‘Eguinha Pocotó’ e à ‘Boquinha da garrafa’”, divulgou em nota à imprensa a Anistia Internacional. “Não sei se os chineses estão prontos para Luan Santana”, reconheceu o cantor e ativista Bono Vox, de passagem pelo Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário