quarta-feira, 27 de abril de 2011

I Love You, Phillip Morris

Recentemente, assisti (muito bem acompanhado, vale lembrar) o filme I Love You, Phillip Morris. Como os personagens principais são gays e eu sou super previsível, aqui vai a minha opinião sobre o filme.
Resumão da história: Steven Russell (Jim Carey) tem um casamento feliz, família de comercial de margarina e um emprego estável como policial... blá, blá, blá, tudo muito chato e desinteressente, afinal de contas, ninguém vai ao cinema para ver o quanto os outros estão felizes (pelo menos não até que os filmes cheguem ao final); o que torna Russell humano é o fato dele esconder de todos a sua homossexualidade (ativa, antes que você me pergunte, bi-curious, você não verá Jim C. na frente de homens musculosos e suados nesse filme). Um acidente de carro o faz decidir assumir sua opção sexual e começar a viver a vida que sempre sonhou. Logo, ele descobre que para manter o "Gay-Way of Life", ele precisa de muito mais dinheiro do que o seu emprego normal pode prover. Steven Russell começa, então a aplicar pequenos golpes para sustentar o namorado Jimmy (o estranho do Rodrigo Santoro - sim, não acho ele atraente).

Pra encurtar e não dar tantos spoilers assim a quem não viu o filme: ele vai em cana e conhece o tal do Phillip Morris (bixinha louca interpretada por Ewan Mcgregor), por quem se apaixona. A vida dele passa a ser o Phil e ele volta a passar golpes - cada vez maiores e, vale ressaltar, melhores - para poder dar todo conforto e continuar para sempre junto ao amor de sua vida.
Agora vamos ao ponto de vista de um homossexual sobre um filme com um personagem principal homossexual.
Até metade da história, a única coisa que prendeu minha atenção no filme foi o fato do Ace Ventura estar agarrando caras por aí. Você tem que concordar comigo, é uma idéia, no mínimo, divertida.
Só no canudinho...
O Jim Carey até que convenceu, mas esse definitivamente não foi um dos melhores papéis da vida dele. O Rodrigo Santoro, como sempre, monossilábico (e isso é tudo que direi sobre ele). O filme continua e você fica esperando pra saber se ele vai terminar nesse mesmo ritmo de não-empolgação e é aí que o milagre acontece:
EWAN MCGREGROR
Eu ainda não tenho certeza se ele é um ótimo ator, ou se é só mais uma borboleta no casulo, só sei que ele ficou uma bixa PER-FEI-TA. A bixa alegre, sonhadora, que foi parar na prisão por ter feito uma bobagenzinha quando as pessoas erradas estavam por perto. Convenceu. Phillip gera empatia à primeira vista. O filme passa a valer à pena, ter graça, se torna interessante... enfim, Phil não dá sentido apenas à vida de Steven Russell, mas à nossa também.
Até ele aparecer, é só um filme com protagonista homossexual que quer viver a vida com estilo e pra isso passa um golpe aqui outro ali. Ewan McGregor te faz querer que o relacionamento deles dê certo, te faz ter raiva do Russell - que continua mentindo, te faz chorar quando ele está triste... Ele merece ter o nome no título do filme apesar de não ser o personagem principal.
E o mais legal depois que o filme acaba, é ir atrás das histórias que aparecem na película pra ver qual é o fundo de verdade. VELHO, É TUDO VERDADE! Steven Russell é o cara, mas é um cara que agora só um toma banho de Sol de 1 hora de duração numa prisão de segurança máxima, e nunca mais verá seu amado Phillip. Essa sim, é a maior punição, pior até que a prisão perpétua. Saber que o amor da sua vida existe, que você o conhece, mas não poderá nunca mais estar junto dele. (Cara, eu estou mais gay do que de costume)

Nota do IMDB: 6.7
Nota do Scribbleunauts (pra quem não sabe, eu): 7.2
Pontos fortes: Atuação de Ewan McGregor, algumas boas sacadas humorísticas, o fato do filme ser baseado em fatos reais (quase curiosidades, aliás).
Pontos Fracos: Nem todas as "sacadas" humorísticas são tão boas.

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