Entenda porque os estúdios de cinema deixam de investir em novas idéis e matam suas galinhas dos ovos de ouro.
Você com certeza já passou por isso: havia um filme que você viu no cinema ou na Sessão da Tarde e durante anos aguardou por uma continuação ou refilmagem. Há alguns anos começaram a rolar boatos de que um estúdio contratou um famoso diretor e iria realizar o seu sonho. Após esperar meses, finalmente ele se tornou realidade. Você chamou os amigos, namorada, papagaio, tartaruga, reuniu todos e foi ao cinema. Só para chegar lá e descobrir que o seu sonho de infância virou a piada das rodas de conversa e da internet.
Mas, fica a questão: Por que as empresas que vivem da produção de filmes demoram anos para investir em roteiros originais, descaracterizam seus produtos e desrespeitam e ofendem os fãs das obras originais?
Aqui vão algumas explicações que vão lhe ajudar a entender:
1. Os roteiristas não criam as idéias
"Ninguém cria mais nada. Olhe as 25 maiores bilheterias dos anos 2000. 23 são refilmagens. Como estes roteiristas são preguiçosos.”
Mesmo sem ter noção de como os filmes são feitos, você deve saber que há tarefas muito especializadas dentro de um estúdio. O cara do som é um especialista em equipamentos de audio e, provavelmente, não seria chamado para fazer uma cena como dublê. E você deve achar que quando se trata de desenvolver as idéias para um filme é um roteirista que se debruçado sobre o teclado - um profissional que é especialista em escrever estórias, certo?
Errado.
Na maioria dos casos, as idéias iniciais para os filmes não vêm dos roteiristas, mas de produtores (basicamente, as pessoas encarregadas do lado financeiro do projeto). No início, ele e quem mais estiver envolvido (de outros produtores a, um ator famoso, se você tiver sorte) é que definirão as idéias centrais para o filme agradar a pelo menos duas das quatro grandes faixas de mercado (público jovem masculino e feminino, e público adulto masculino e feminino). Então, se é um filme de ação para o público jovem masculino, eles incluirão um pouco de romance para agradar as garotas.
Depois de definidas as diretrizes do filme é que eles vão ligar para o roteirista. Em outras palavras, na maioria dos filmes de Hollywood, o escritor é, basicamente o cara que preenche os buracos da estória e pensa em frases de efeito inteligente para Ryan Reynolds dizer enquanto quebra a cara dos vilões.
Quando um roteirista iniciante manda um roteiro para um grande estúdio americano, ele servirá apenas como prova de que o escritor é alfabetizado. Se você mandar algo realmente inovador e impactante, provavelmente ganhará um ponta como roteirista-auxiliar no projeto de roteiro de Transformers 4. Ou, com muita sorte, seu projeto será rebatizado e incorporado a algum projeto com pedigree. Por exemplo, o roteiro original de Eu, Robô chamava-se Hardwired e não tinha nada a ver com o livro de Asimov. Duro de Matar 2,3 e 4; Onze homens e um segredo e Starship Tropers eram todos roteiros originais que foram anexados a franquias de sucesso.
2. Os roteiros têm que ser simplificados para o mercado internacional.
"Os filmes de hoje são só clichês e efeitos especiais"
O faturamento total de um filme é de 10 a 30% em seu país de origem. O restante da arrecadação vem do mercado internacional.
Assim, para um filme fazer sucesso nos mercados americano, espanhol, sulafricano e chinês ele tem que ser o mais vago e genérico possível.
Com isso não há muita margem para criatividade dentro de uma produção cinematográfica.
3. Nem todos os bons projetos são concluídos
Os estúdios de Hollywood compram dez vezes mais filmes do que produzem. Você pergunta: Por que um estúdio compraria um filme se não vai produzi-lo? A resposta é quase intuitiva: Pra que outro estúdio não o produza e, eventualmente, surja um campeão de bilheteria para concorrer pelo mercado.
ET, Matrix e Star Wars são alguns dos títulos que seriam eternamente engavetados caso alguém não tivesse convencido outro estúdio a comprar e produzi-los (Geralmente pagando bem mais caro).
Há casos em que devido a cláusulas de contrato os filmes chegam a algum nível de realização sem que o projeto seja concluído. Alguns chegam a ser produzidos, filmados ou pós-produzidos sem nunca chegarem a ser lançados. Há até casos de filmes lançados em cinema sem qualquer divulgação ou publicidade por parte dos estúdios.
4. A supremacia do Merchandising
Espera aí, a Pixar vai lançar Carros 2? Com tantas franquias boas nas mãos, por que eles escolheram justamente esta para dar continuação?
5 bilhões de dólares. Este é o valor que a Disney arrecadou com o Merchandising do primeiro Carros. Quando um filme é programado, além do seu potencial de bilheteria, os estúdios avaliam seu potencial de gerar quinquilharias para serem vendidas aos fãs.
Por incrivél que pareça UP - Altas Aventuras que foi um sucesso de crítica e público fez as ações da Pixar cairem, pois não foi capaz de geram bonecos e acessórios para aumentar o faturamento.
Dentro do mercado dos blockbusters, onde um filme facilmente ultrapassa os 100 milhões de dólares de custo os estudios estão cada vez mais dependentes do faturamento indireto gerado pelos filmes para que os mesmo se tornem rentaveis.
Isto explica, por exemplo, porqueum estudio americano está investindo 140 milhões de dólares num filme baseado no jogo de tabuleiro Batalha Naval.
Adaptado do site Cracked
Mas, fica a questão: Por que as empresas que vivem da produção de filmes demoram anos para investir em roteiros originais, descaracterizam seus produtos e desrespeitam e ofendem os fãs das obras originais?
Aqui vão algumas explicações que vão lhe ajudar a entender:
1. Os roteiristas não criam as idéias
"Ninguém cria mais nada. Olhe as 25 maiores bilheterias dos anos 2000. 23 são refilmagens. Como estes roteiristas são preguiçosos.”
Mesmo sem ter noção de como os filmes são feitos, você deve saber que há tarefas muito especializadas dentro de um estúdio. O cara do som é um especialista em equipamentos de audio e, provavelmente, não seria chamado para fazer uma cena como dublê. E você deve achar que quando se trata de desenvolver as idéias para um filme é um roteirista que se debruçado sobre o teclado - um profissional que é especialista em escrever estórias, certo?
Errado.
Na maioria dos casos, as idéias iniciais para os filmes não vêm dos roteiristas, mas de produtores (basicamente, as pessoas encarregadas do lado financeiro do projeto). No início, ele e quem mais estiver envolvido (de outros produtores a, um ator famoso, se você tiver sorte) é que definirão as idéias centrais para o filme agradar a pelo menos duas das quatro grandes faixas de mercado (público jovem masculino e feminino, e público adulto masculino e feminino). Então, se é um filme de ação para o público jovem masculino, eles incluirão um pouco de romance para agradar as garotas.
Depois de definidas as diretrizes do filme é que eles vão ligar para o roteirista. Em outras palavras, na maioria dos filmes de Hollywood, o escritor é, basicamente o cara que preenche os buracos da estória e pensa em frases de efeito inteligente para Ryan Reynolds dizer enquanto quebra a cara dos vilões.
Quando um roteirista iniciante manda um roteiro para um grande estúdio americano, ele servirá apenas como prova de que o escritor é alfabetizado. Se você mandar algo realmente inovador e impactante, provavelmente ganhará um ponta como roteirista-auxiliar no projeto de roteiro de Transformers 4. Ou, com muita sorte, seu projeto será rebatizado e incorporado a algum projeto com pedigree. Por exemplo, o roteiro original de Eu, Robô chamava-se Hardwired e não tinha nada a ver com o livro de Asimov. Duro de Matar 2,3 e 4; Onze homens e um segredo e Starship Tropers eram todos roteiros originais que foram anexados a franquias de sucesso.
2. Os roteiros têm que ser simplificados para o mercado internacional.
"Os filmes de hoje são só clichês e efeitos especiais"
O faturamento total de um filme é de 10 a 30% em seu país de origem. O restante da arrecadação vem do mercado internacional.
Assim, para um filme fazer sucesso nos mercados americano, espanhol, sulafricano e chinês ele tem que ser o mais vago e genérico possível.
Com isso não há muita margem para criatividade dentro de uma produção cinematográfica.
3. Nem todos os bons projetos são concluídos
Os estúdios de Hollywood compram dez vezes mais filmes do que produzem. Você pergunta: Por que um estúdio compraria um filme se não vai produzi-lo? A resposta é quase intuitiva: Pra que outro estúdio não o produza e, eventualmente, surja um campeão de bilheteria para concorrer pelo mercado.
ET, Matrix e Star Wars são alguns dos títulos que seriam eternamente engavetados caso alguém não tivesse convencido outro estúdio a comprar e produzi-los (Geralmente pagando bem mais caro).
Há casos em que devido a cláusulas de contrato os filmes chegam a algum nível de realização sem que o projeto seja concluído. Alguns chegam a ser produzidos, filmados ou pós-produzidos sem nunca chegarem a ser lançados. Há até casos de filmes lançados em cinema sem qualquer divulgação ou publicidade por parte dos estúdios.
4. A supremacia do Merchandising
Espera aí, a Pixar vai lançar Carros 2? Com tantas franquias boas nas mãos, por que eles escolheram justamente esta para dar continuação?
5 bilhões de dólares. Este é o valor que a Disney arrecadou com o Merchandising do primeiro Carros. Quando um filme é programado, além do seu potencial de bilheteria, os estúdios avaliam seu potencial de gerar quinquilharias para serem vendidas aos fãs.
Por incrivél que pareça UP - Altas Aventuras que foi um sucesso de crítica e público fez as ações da Pixar cairem, pois não foi capaz de geram bonecos e acessórios para aumentar o faturamento.
Dentro do mercado dos blockbusters, onde um filme facilmente ultrapassa os 100 milhões de dólares de custo os estudios estão cada vez mais dependentes do faturamento indireto gerado pelos filmes para que os mesmo se tornem rentaveis.
Isto explica, por exemplo, porqueum estudio americano está investindo 140 milhões de dólares num filme baseado no jogo de tabuleiro Batalha Naval.
Adaptado do site Cracked
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